O deputado federal Lincoln Portela foi ao Plenário nesta terça-feira (4) e lembrou que a tragédia que se abateu sobre o Museu Nacional no Rio de Janeiro/RJ já havia sido anunciada por laudos que atestavam o comprometimento da estrutura do prédio de 9 mil metros quadrados:
“A própria Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia comunicado ao Estado do Rio de Janeiro a necessidade de uma averiguação, inclusive pelo Corpo de Bombeiros.”
Criado em 1818 por Dom João VI, o Museu Nacional era a mais antiga instituição científica do país e contava com um acervo de mais de 20 milhões de itens, distribuídos em áreas como geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia.
Entre os itens atingidos pelo incêndio, que consumiu o prédio e 90% do seu acervo, está o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas, com aproximadamente 11 mil anos de idade, e cuja descoberta mudou as principais teorias sobre o povoamento das Américas.
Considerado o maior tesouro arqueológico do país, o crânio foi encontrado na região da Lapa Vermelha, em Lagoa Santa/MG, em 1974. A reconstituição de sua face revelou traços semelhantes aos de negros africanos e aborígines australianos.
(Texto: Assessoria de Comunicação com Agência Câmara e Notícias Uol / Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)